HISTÓRIA DA RAÇA LAVÍNIA

Leopoldo Costa

A raça Lavínia foi outra das tentativas de formação de uma nova raça com dupla aptidão 
(carne e leite) cruzando zebuínos com gado de origem europeia.

Rubens Franco de Melo, proprietário da fazenda Santa Maria no município de Lavínia (SP), depois de uma série de experiências envolvendo cruzamentos com machos da raça Parda Suiça com fêmeas das raças Gir, Nelore e Guzerá, dedicou-se aos cruzamentos da raça Parda Suiça com Guzerá. Em 1954 suas experiências tiveram sucesso sendo obtidos animais   bi-mestiços com 5/8 de sangue Pardo Suiço e 3/8 de sangue Guzerá que deu origem a raça que ganhou o nome da cidade onde a fazenda está localizada.

Em 1970 foi criada o Centro Nacional de Seleção de Bovinos da Raça Lavínia em São Joaquim da Barra (SP), que foi muito importante no estabelecimento da raça.

Em 1975 foi criada a Associação dos Criadores da Raça Lavínia.

Devido a rusticidade e boa capacidade na produção de leite existem animais da raça na região Nordeste, principalmente nos estados de Pernambuco, Ceará, Bahia e Paraíba.
Em provas de ganho de peso em pasto e confinamento conduzidos pela Estação Experimental de Nova Odessa (SP) os animais da raça apresentaram excelentes resultados
O plantel de animais da raça está estimado em menos de 20.000 cabeças e a maior concentração se dá em São Paulo.

As vacas produzem em media 2.300 litros por lactação. Sua pelagem é parda-cinzenta, sendo os machos mais escuros. A pelagem da cabeça é semelhante a do gado Pardo Suíço, tendo nas orelhas tonalidades mais claras. Ao redor do focinho possui uma auréola clara, comum a todos os cruzamentos com a raça Parda Suíça, por se tratar de caráter altamente dominante. O cupim é bastante reduzido, como ocorre normalmente nos cruzamentos entre gado europeu e zebuíno, por ser uma característica de caráter recessivo.

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