HISTÓRIA DA RAÇA GIROLANDA
Leopoldo Costa
O mestiço de Gir com Holandês existe no Brasil desde o século XIX. Antes dele, o gado pintado de negro era proveniente da raça Turina. O cruzamento de Holandês com Zebu não é novidade. Por ocasião das importações iniciais de gado Zebu, os catálogos das firmas exportadoras (Hagenbeck e outras) já traziam fotografias de gado cruzado da raça Frísia (nome da raça na Europa) com Zebu.
Na década de 1940 o Girolando já podia ser observado em quase todo o Brasil Central.
Em 1978 foi fundada a Assoleite- Associação dos Criadores de Gado de Leite do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba com sede em Uberaba que passou a colaborar com o Ministério da Agricultura no desenvolvimento do Procruza- Programa de Cruzamento Dirigido- para a obtenção de uma raça mestiça de zebuíno e gado europeu para a produção de leite. Diversas experiências foram efetuadas e em 1988, com o encerramento do programa oficial, o cruzamento de Gir com Holandês se destacou e foi o mais praticado.
Em 1989 a Assoleite, por delegação do Ministério da Agricultura passou a conduzir o programa de formação da raça. Foi estabelecido como padrão do Girolando com 5/8 de sangue Holandês e 3/8 de sangue Gir.
Em 1º de fevereiro de 1996, pela portaria 79, o Ministério da Agricultura oficializa a raça Girolando e ao mesmo tempo a Assoleite troca o nome para Associação Brasileira de Criadores de Girolando, ficando responsável pelos registros genealógicos.
A raça Girolanda moderna aceita bem qualquer tipo de pastagem e resiste ao clima quente, mantendo produção media de 3.000 litros por período de lactação. Os animais da raça têm estatura media e temperamento dócil, com pelagem preta, castanha ou vermelha uniforme, com manchas brancas em forma de estrela, gargantilha, bragada e pintas.
Porém é bastante suscetível ao ataque de parasitas, principalmente carrapatos.
O rebanho está concentrado principalmente, nos estados de São Paulo, Espírito Santo e Minas Gerais.
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