HISTÓRIA DA RAÇA INDUBRASIL
Leopoldo Costa
O coronel José Caetano Borges de Uberaba (MG) desempenhou um importante papel na formação da raça com o cruzamento de zebuínos importados da India, que inicialmente foi chamada de Induberaba. Começou a ter sucesso em 1926, quando conseguiu a fixação da raça. Já em 1929 foi adotado o nome Indubrasil, embora ainda houvesse denominações regionais como Induaraxá, Indubelém, Induporã etc.
A Sociedade Rural do Triângulo Mineiro, reunida em 1938, para estabelecer o padrão da raça, decidiu oficializar o nome de Indubrasil.
Concorreu na formação da raça inicialmente o Guzerá, depois o Nelore e mais tarde o Gir. A contribuição do Nelore no rebanho é muito pequena, notando-se no Indubrasil a fusão dos caracteres do Guzerá e do Gir, havendo ligeira predominância dos atributos desta última raça.
A raça dominou a pecuária nacional de 1930 a 1940. Em 1930 15% do rebanho brasileiro era da raça, alcançando 80% em 1940.
O principal centro de criação é o Triângulo Mineiro, mas encontram-se rebanhos em Goiás, Mato Grosso, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Bahia.
Em 1946 foram exportadas para os Estados Unidos algumas cabeças de Indubrasil para o desenvolvimento da raça Brahman.
A Associação dos Criadores de Indubrasil foi fundada em 9 de maio de 1962 e tem sede em Uberaba (MG), sendo responsável pelos registros genealógicos.
Os animais da raça apresentam como principais características a pelagem uniforme nas cores branco, cinza, amarelo e vermelho. São animais de porte grande. A idade media do primeiro parto é de 46 meses e os bezerros pesam ao nascer 30 quilos em média.
O maior defeito do Indubrasil está na falta de uniformidade: enquanto em algumas criações são encontrados animais de pernas muito compridas e ossudos, em outras há bons representantes do tipo de corte, com pernas curtas, corpo largo e musculatura bem desenvolvida. Considerado um excelente produtor de carne e dotado de grande rusticidade.
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