HISTÓRIA DA RAÇA CANCHIM

Leopoldo Costa

Em 1922 foi importado pelo Ministério da Agricultura um lote de fêmeas e machos da raça Charolesa que foi enviado para a Fazenda de Criação de Urutaí no estado de Goiás, pertencente ao governo. Ali se procriaram sem nenhuma miscigenação até que em 1936 os animais foram transferidos para a Fazenda de Criação de São Carlos (SP), que tem o nome de Canchim. Do plantel recebido os zootecnistas selecionaram os melhores reprodutores  para os cruzamentos a serem realizados. 

Os trabalhos de cruzamento tiveram início em 1940, sob a direção do zootecnista Antônio Teixeira Viana, tendo sido utilizados 53 touros Charoleses, 8 touros Indubrasil, 4 touros Guzerá e 127 vacas Nelore.Tiveram como objetivo obter mestiços com 5/8 de sangue Charolês e 3/8 de sangue Zebu, como também mestiços com 3/8 de sangue Charolês e 5/8 de sangue Zebu para avaliar a melhor alternativa. 

Depois de mais de uma década de experiências foi fixado em 1953 o padrão da raça, um bi-mestiço com 5/8 de sangue Charolês e 3/8 de sangue Zebu. O objetivo era obter animais que agregasse a rusticidade do Zebu e a precocidade do Charolês.

O Ministério da Agricultura designou uma comissão para avaliar a nova raça Canchim e por aconselhamento da comissão decidiu em julho de 1972 estabelecer o padrão da raça. Somente pela portaria 130 de 18 de maio de 1983 ela foi oficializada como raça.

A raça caracteriza-se por sua pelagem creme, uniforme, pelos curtos e pele escura. Aos dois anos quando bem alimentados, as fêmeas podem pesar em media 400 quilos e os machos 450 quilos. O rendimento da carcaça alcança 60% e ao nascerem os bezerros pesam em media 38 quilos.

Em 1971 foi criado a Associação dos Criadores de Canchim, com sede no Parque Fernando Costa em São Paulo. Os estados com maior rebanho da raça são Paraná e São Paulo.

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