HISTÓRIA DA RAÇA DEVON
Leopoldo Costa
A raça Devon é descendente do Bos primigenius, a mesma do gado de Andaluzia, na península Ibérica.
Especula-se que os primitivos exemplares da raça chegaram à Inglaterra acompanhando as migrações, dos nômades ainda no período Neolítico. Outros estudiosos, entre eles William Housman1, argumentam que podem ser sido os Fenícios, na busca de estanho das minas da Cornualha, que levaram os primeiros bois da raça Devon para a Inglaterra.
Quando os Romanos conquistaram as Ilhas Britânicas em 43 a.C. já observaram nos campos a presença do gado bovino de pelagem avermelhada. Esta presença impressionou os conquistadores que mais tarde chegaram a estabelecer a cor como padrão para todos os bovinos de raça. Esta padronização foi defendida pelos escritores latinos Columela (4-70) e Paládio.
O gado Devon desenvolveu-se na região sudoeste da Inglaterra, principalmente nos condados de Devon e Sommerset. Inicialmente eram animais que viviam livres nas pastagens, sem cercas e sem currais.
Francis Quartly em 1794 foi um dos primeiros que se interessou pelo desenvolvimento da raça. Tanner Davy foi quem colaborou para a implantação dos paradigmas, criando no ano de 1850/1851 o primeiro ‘Livro de Registro Genealógico’ que procurou registrar detalhes da linhagem de bovinos desde o ano de 1700.
Outros pioneiros foram Walther Farthing de Stowey Court, Bridgewater e Thomas William Coke, o conde de Leicester (1752-1842) de Helkham.
No século XIX a raça foi dividida em duas variedades: o North Devon e o South Devon (também conhecido como Sommerset).
Algumas cabeças de Devon foram embarcadas no navio ‘Charity’ em 1623 para a propriedade de Winslow em Massachusetts, porém a primeira importação de puro sangue foi feita em 1817 por Robert Patterson de Baltimore diretamente do plantel do conde de Leicester.
Os animais têm a pele pigmentada de amarelo-alaranjado, pigmentação escura nos olhos e no úbere que ajuda a proteção contra a radiação solar. A raça é muito resistente e as fêmeas não apresentam problemas de fertilidade ou de parição. Suporta o frio e a umidade, mantendo-se bem em pastagens fracas.
No Brasil.
No Brasil, foi Joaquim Francisco de Assis Brasil (1857-1938) quem importou do Uruguai em 1906 as primeiras quarenta novilhas Devon e mais tarde importou outros animais diretamente da Inglaterra. Foram enviados para a sua estância em Pedras Altas e depois para Alegrete, ambas no Rio Grande do Sul.
Em 1914, o visconde Ribeiro de Magalhães de Bagé (RS) inscreveu duas vacas e um touro de procedência inglesa, como o primeiro lote de reprodutores puros da raça. O primeiro Devon nascido no Brasil, também propriedade do visconde, foi o touro ‘Bagé’ em 1915.
Notas
1)- No livro 'History of Devon Breed of Cattle', Vinton& Co., Londres, 1893
A raça Devon é descendente do Bos primigenius, a mesma do gado de Andaluzia, na península Ibérica.
Especula-se que os primitivos exemplares da raça chegaram à Inglaterra acompanhando as migrações, dos nômades ainda no período Neolítico. Outros estudiosos, entre eles William Housman1, argumentam que podem ser sido os Fenícios, na busca de estanho das minas da Cornualha, que levaram os primeiros bois da raça Devon para a Inglaterra.
Quando os Romanos conquistaram as Ilhas Britânicas em 43 a.C. já observaram nos campos a presença do gado bovino de pelagem avermelhada. Esta presença impressionou os conquistadores que mais tarde chegaram a estabelecer a cor como padrão para todos os bovinos de raça. Esta padronização foi defendida pelos escritores latinos Columela (4-70) e Paládio.
O gado Devon desenvolveu-se na região sudoeste da Inglaterra, principalmente nos condados de Devon e Sommerset. Inicialmente eram animais que viviam livres nas pastagens, sem cercas e sem currais.
Francis Quartly em 1794 foi um dos primeiros que se interessou pelo desenvolvimento da raça. Tanner Davy foi quem colaborou para a implantação dos paradigmas, criando no ano de 1850/1851 o primeiro ‘Livro de Registro Genealógico’ que procurou registrar detalhes da linhagem de bovinos desde o ano de 1700.
Outros pioneiros foram Walther Farthing de Stowey Court, Bridgewater e Thomas William Coke, o conde de Leicester (1752-1842) de Helkham.
No século XIX a raça foi dividida em duas variedades: o North Devon e o South Devon (também conhecido como Sommerset).
Algumas cabeças de Devon foram embarcadas no navio ‘Charity’ em 1623 para a propriedade de Winslow em Massachusetts, porém a primeira importação de puro sangue foi feita em 1817 por Robert Patterson de Baltimore diretamente do plantel do conde de Leicester.
Os animais têm a pele pigmentada de amarelo-alaranjado, pigmentação escura nos olhos e no úbere que ajuda a proteção contra a radiação solar. A raça é muito resistente e as fêmeas não apresentam problemas de fertilidade ou de parição. Suporta o frio e a umidade, mantendo-se bem em pastagens fracas.
No Brasil.
No Brasil, foi Joaquim Francisco de Assis Brasil (1857-1938) quem importou do Uruguai em 1906 as primeiras quarenta novilhas Devon e mais tarde importou outros animais diretamente da Inglaterra. Foram enviados para a sua estância em Pedras Altas e depois para Alegrete, ambas no Rio Grande do Sul.
Em 1914, o visconde Ribeiro de Magalhães de Bagé (RS) inscreveu duas vacas e um touro de procedência inglesa, como o primeiro lote de reprodutores puros da raça. O primeiro Devon nascido no Brasil, também propriedade do visconde, foi o touro ‘Bagé’ em 1915.
Notas
1)- No livro 'History of Devon Breed of Cattle', Vinton& Co., Londres, 1893
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