HISTÓRIA DA CRIAÇÃO DE GADO ENTRE OS MEDOS E PERSAS
Leopoldo Costa
Os Medos e Persas eram povos de origem indo-européia (Ariana) que ocupavam desde 3000 a. C. o planalto iraniano, entre o mar Cáspio e o golfo Pérsico.
No norte viviam os Medos e no sul viviam os Persas, com a capital estabelecida em Persépolis. A guerra era uma atividade sazonal para eles. Lutavam na primavera e no outono os exércitos eram desmantelados para que os homens pudessem cuidar do rebanho e
realizar os plantios das safras de inverno de trigo e cevada.
Eram os Medos que tinham a predominância na região e seu rei Ciaxares (633-584 a.C.), em 606 a. C. aliado aos Babilônios, se apoderou da cidade de Nínive e destruiu o império Assírio. Foi sucedido pelo seu filho Astiages (?-550 a.C) , que era avô de Ciro.
CIRO
Quando Ciro nasceu em 558 a.C., Astiages, tinha ouvido alguns videntes que previam que o garoto quando crescesse seria o rei mais poderoso do mundo. Supersticioso e cruel, para se prevenir, ordenou ao mordomo Harpago que levasse o menino para a montanha e o matasse. O mordomo não teve coragem de praticar este crime, deu o garoto para um casal de pastores e simulou ao rei que o tinha matado. Mais tarde, Astiages descobriu que fora enganado e para se vingar mandou matar o filho de Harpago, cozinhou-o e mandou servir ao mordomo. Só depois, da refeição e que mostrou a cabeça do filho, que estava tampada numa bandeja.
Ciro foi criado e educado pelos pastores e muito jovem formou o seu próprio exército. Astiages, em 549/550 a.C. foi derrotado pelo exército de Ciro sendo poupado de ser degolado por misericórdia do seu neto, o mesmo que mandara assassinar.
Ciro depois, conquistou a Lidia, governada pelo lendário rei Creso (que governou de 560 a 548 a. C.). Na batalha final contra Creso, o forte cheiro dos camelos que os soldados persas montavam, assustaram os cavalos do exercito da Lidia que puseram em debandada facilitando a ofensiva e a vitória de Ciro.
Em 538 a.C. conquistou Babilônia, mas vivendo sempre em operações de guerra, morreu tentando alcançar os Citas. Seu corpo foi sepultado no túmulo que tinha mandado construir em Passárgada. Em sua honra todo mês, no aniversário da sua morte, era sacrificado um cavalo.
Foi Ciro quem estabeleceu uma monarquia absoluta de caráter teocrático. Foi sucedido pelo filho Cambises (que reinou de 529 a 521 a.C.), que na batalha de Pelusa em 525 a.C. venceu os exércitos dos Egípcios sob o comando de Psamético III.
Conta uma lenda, transcrita por Heródoto (485-430 a.C), que os Persas ganharam facilmente a batalha porque puseram á frente dos soldados, muitos gatos - animais sagrados dos Egípcios- e os respeitosos guerreiros temendo molestar os gatos, não disparavam as suas flechas.
Cambises morreu tentando sufocar uma revolta e foi sucedido por Dario (reinou de 521 a 486 a.C.), que soube estender o império por todo o Oriente Próximo. Tentando conquistar
os Gregos perdeu a batalha de Maratona em 490 a.C.
DARIO
Nos tempos de Dario foi incentivado a criação de cavalos. Davam tanta importância ao bem estar do animal, que quando invadiram a Europa, os soldados Persas levavam consigo sementes de alfafa para serem plantadas nas regiões conquistadas e garantirem assim uma boa alimentação para os animais.
Dario cobrava pesados tributos dos povos conquistados: Babilônia pagava 30 toneladas de prata por ano, a Índia pagava 10 toneladas de ouro em pó e a Arábia pagava três toneladas de incenso. Apenas Parsa, a pátria dos rei tinha isenção.
Durante o seu reinado foi introduzido o plantio de arroz na Mesopotâmia.
Segundo o relato de Xenofonte (430-353 a.C), para os banquetes frequentes de sua corte eram abatidos e consumidos 100 animais.
Não conformado com a derrota sofrida em Maratona, preparou nova expedição contra a Grécia vindo a falecer durante a campanha, sendo substituído pelo seu filho Xerxes (reinou de 485 a 465 a.C) que continuou a empreitada, sendo derrotado nas batalhas de Salamina e Platéia.
Filipe de Macedônia (382-336 a.C.) conquistou a Grécia e seu filho Alexandre, o Grande (356-323 a.C.) conquistou o império Persa, sendo o seu último rei, Dario III (?380-?330 a.C), assassinado por um sátrapa.
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