PORTUGAL IMPORTA QUASE UM QUARTO DA CARNE QUE CONSOME
Portugal só consegue produzir 74 por cento da carne que consome, refere um estudo que o observatório das importações alimentares hoje divulgou e que dá conta de uma dependência das importações no sector, quando aumentam os preços dos bens alimentares.
O Observatório dos Mercados Agrícolas e das Importações Agro-Alimentares (OMAIAA) alerta que o aumento da produção de carne "não tem sido suficiente para acompanhar o crescimento do consumo nacional de carne, pelo que a dependência da oferta externa é uma característica que se acentua nesta fileira".
De acordo com o estudo do OMAIAA, o grau de auto aprovisionamento total médio no sector da carne fica perto dos 74 por cento, com maior produção no sector das carnes de aves, em que Portugal quase se basta a si próprio e uma baixa capacidade de auto-aprovisionamento nas carnes de bovino, suíno e ovino e caprino.
"Na última década, tem havido um pequeno crescimento generalizado em quase todos os sectores da produção animal. No entanto, do ano 2008 para 2009, houve um decréscimo nos sectores da carne de bovino, suíno e ovino e caprino, sendo o das aves e ovos o único cuja produção subiu dois por cento nestes dois anos", refere a análise do observatório.
"Portugal consegue assegurar 92 por cento da produção de carne de aves, mas a produção das restantes «apresenta valores reduzidos", em especial na carne de bovino, em que a produção se fica pelos 52 por cento, acrescenta o estudo.
"Face ao grau de auto-aprovisionamento registado, o saldo da balança comercial é, no geral, acentuadamente negativo. A pressão da oferta externa faz-se sentir em todo o sector da carne com muita intensidade, com os principais fornecedores a pertencerem à União Europeia, os quais asseguram 95 por cento do volume importado", refere.
"No entanto, nos últimos anos tem vindo a aumentar o volume de importações de países terceiros, em particular da América do Sul", referem ainda as conclusões deste estudo sobre a evolução da balança de pagamentos no sector das carnes.
As variações nos preços dos cereais e da soja, bases das rações para alimentar animais, contribuem também, segundo o OMAIAA, para a incerteza nos preços da carne, cuja produção representa cerca de um quarto da produção agrícola portuguesa.
Segundo a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), os preços das matérias-primas alimentares estão aos níveis mais altos de sempre.
Os números do Instituto Nacional de Estatística mostram que o saldo entre as exportações e as importações de alimentos, o défice alimentar, aumentou 23,7 por cento entre 1999 e 2009, totalizando 3,3 mil milhões de euros.
O Banco Mundial alertou recentemente que o preço dos bens alimentares aumentou 15 por cento em média, entre Outubro de 2010 e Janeiro de 2011.
Fonte: "Lusa" Relatório completo no link: http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2011/02/28a_BalancaCarne_Dez2010_Final_2.pdf
28/2/2011
O Observatório dos Mercados Agrícolas e das Importações Agro-Alimentares (OMAIAA) alerta que o aumento da produção de carne "não tem sido suficiente para acompanhar o crescimento do consumo nacional de carne, pelo que a dependência da oferta externa é uma característica que se acentua nesta fileira".
De acordo com o estudo do OMAIAA, o grau de auto aprovisionamento total médio no sector da carne fica perto dos 74 por cento, com maior produção no sector das carnes de aves, em que Portugal quase se basta a si próprio e uma baixa capacidade de auto-aprovisionamento nas carnes de bovino, suíno e ovino e caprino.
"Na última década, tem havido um pequeno crescimento generalizado em quase todos os sectores da produção animal. No entanto, do ano 2008 para 2009, houve um decréscimo nos sectores da carne de bovino, suíno e ovino e caprino, sendo o das aves e ovos o único cuja produção subiu dois por cento nestes dois anos", refere a análise do observatório.
"Portugal consegue assegurar 92 por cento da produção de carne de aves, mas a produção das restantes «apresenta valores reduzidos", em especial na carne de bovino, em que a produção se fica pelos 52 por cento, acrescenta o estudo.
"Face ao grau de auto-aprovisionamento registado, o saldo da balança comercial é, no geral, acentuadamente negativo. A pressão da oferta externa faz-se sentir em todo o sector da carne com muita intensidade, com os principais fornecedores a pertencerem à União Europeia, os quais asseguram 95 por cento do volume importado", refere.
"No entanto, nos últimos anos tem vindo a aumentar o volume de importações de países terceiros, em particular da América do Sul", referem ainda as conclusões deste estudo sobre a evolução da balança de pagamentos no sector das carnes.
As variações nos preços dos cereais e da soja, bases das rações para alimentar animais, contribuem também, segundo o OMAIAA, para a incerteza nos preços da carne, cuja produção representa cerca de um quarto da produção agrícola portuguesa.
Segundo a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), os preços das matérias-primas alimentares estão aos níveis mais altos de sempre.
Os números do Instituto Nacional de Estatística mostram que o saldo entre as exportações e as importações de alimentos, o défice alimentar, aumentou 23,7 por cento entre 1999 e 2009, totalizando 3,3 mil milhões de euros.
O Banco Mundial alertou recentemente que o preço dos bens alimentares aumentou 15 por cento em média, entre Outubro de 2010 e Janeiro de 2011.
Fonte: "Lusa" Relatório completo no link: http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2011/02/28a_BalancaCarne_Dez2010_Final_2.pdf
28/2/2011
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