INTRODUÇÃO DAS RAÇAS BOVINAS EUROPEIAS NO BRASIL
Leopoldo Costa.
No século XIX houve entrada de gado de raças bovinas europeias para as províncias do Rio Grande do Sul, do Rio de Janeiro, de Minas Gerais, do Espírito Santo e de São Paulo.
Alguns animais da raça Holandesa, segundo Paulino Cavalcanti, foram desembarcaram no Brasil entre os anos de 1530 e 1535 ainda na época das Capitanias Hereditárias. Tratavam-se, conforme informa Eduardo Cotrim, no seu livro 'A Fazenda Moderna' de 1913, de animais da raça Turina, denominação em Portugal da raça Holstein/Frisia, que no Brasil foi genericamente chamada de raça Holandesa. Também vieram vacas leiteiras das raças Barrosã e Mirandesa, dentre outras.
Historiadores afirmam que foram trazidas centenas de animais, também da raça Holandesa, durante o domínio holandês no Pernambuco (1630-1654) por Maurício de Nassau (1604-1679).
O livro de registros brasileiro da raça Holandesa foi criado em 1935 quando foi registrado o touro 'Colombo Santa Maria’ do criador do estado do Rio de Janeiro Francisco Lampreia e a fêmea 'Campineira' do criador do estado de São Paulo Vicente Giaccaglini.
Na década de 1980 o Brasil já tinha o maior rebanho de Holandês Vermelho Branco do mundo.
GUERNSEY
O Guernsey foi introduzido no Brasil em 1889 pelo 2º barão de Nova Friburgo (Bernardo Clemente Pinto Sobrinho) (1835-1914) com animais importados diretamente da ilha e levados para sua fazenda do Gavião em Cantagalo (RJ).
Em 1906 o governo federal realizou a importação de lote que foi enviado para o ‘Posto Zootécnico Central de São Paulo’ numa iniciativa do cientista Hector Paquet. Esses animais deram origem ao plantel hoje pertencente à ‘Escola de Agronomia Luís de Queiroz’ de Piracicaba, agregada à ‘Universidade de São Paulo’.
Em 1908, Carlos de Sá Fortes, de Minas Gerais importou mais um lote de animais.
Em 1909, Louis Misson adquiriu animais para o governo de São Paulo que foram enviados para uma fazenda estadual próxima de Pirituba (SP).
Em 1912, a ‘Fazenda Abaíba’ em Leopoldina (MG) pertencente a Antônio Ribeiro Junqueira, importou o touro ‘Martin’ o ancestral de um rebanho que logo seria o maior do país.
Em 1945 foi introduzida pelo Ministério da Agricultura no ‘Posto de Criação no Ceará’, na região semiárida para pesquisas. O Registro Genealógico foi implantado em 1942. Após 1970 várias importações chegaram de Guernsey, Canadá e Estados Unidos. As duas maiores importações foram realizadas pela ‘Associação Brasileira de Criadores de Gado Guernsey’. Uma em 1970 de 30 novilhas e outra em 1977 de 50 animais.
JERSEY
O gado Jersey chegou ao Brasil em 1896, com algumas cabeças importadas por Joaquim Francisco Assis Brasil (1857-1938), que as enviou para sua propriedade de Pedras Altas, município de Erval, no Rio Grande do Sul. Eram alguns tourinhos da fazenda particular em Windsor da rainha Vitória (1819-1901) da Inglaterra. Estes tourinhos depois de adultos cruzaram com vacas Crioulas da fazenda e vieram a formar um rebanho de vacas mestiças que se espalhou pelo Rio Grande do Sul. Em 1930 a raça Jersey foi oficializada pelo Ministério da Agricultura.
SIMENTAL
O gado Simental chegou ao Brasil entre 1905 e 1907. Nesta época o governo federal através do Ministério da Agricultura comprou alguns exemplares e os leiloou aos criadores das regiões de pecuária mais desenvolvida, como o vale do Paraíba em São Paulo, zona da Mata em Minas Gerais e a região de Muqui no Espírito Santo. No Espírito Santo houve um interesse maior.
João Vieira Fraga foi um dos primeiros criadores que comprou animais do lote importado pelo governo. Logo no inicio, o gado Simental foi acasalado com matrizes Guzerá, formando a base do futuro Simbrasil. Em 1915, o Simental entrava na Estação Experimental de Lages, em Santa Catarina. Em 1922 entrava os primeiros exemplares Simental de origem alemã no Rio Grande do Sul. Em 1950 o Ministério da Agricultura começou a fazer o registro da raça que já estava bem difundida em quase todo o Centro Sul brasileiro. principalmente no Centro Sul. A raça brasileria Simbrasil é um cruzamento industrial que possui 5/8 de sangue da raça Simental e 3/8 de sangue de uma raça de origem zebuína (Nelore, Guzerá, Indubrasil, Gir, Tabapuã ou Sindi) e foi formada em 1950 na fazenda Sabiá, no município de Muqui, no Espírito Santo, propriedade de Agostinho Caiado Fraga.
Durante as primeiras décadas do século XX, aumentou a importação de outras raças bovinas europeias, principalmente com o perfil leiteiro ou de perfil duplo, para leite e carne. Vieram as raças Aberdeen Angus, Charolês, Devon, Hereford, Limousine, Shorthorn e Pardo Suiço. Estatísticas oficiais do governo informam que em 1910, foram importadas 43.052 toneladas de ‘animais vivos’, o que eqüivale aproximadamente a 70.000 cabeças. O recorde foi em 1912 quando foram importadas 45.906 toneladas (aprox 75.000 cabeças).
ABERDEEN ANGUS
Em 1906 chegou ao Brasil o touro ‘Menelik’, o primeiro reprodutor Aberdeen Angus, proveniente da estância de Felix Buxareo y Oribe, do Uruguai. O touro foi importado por Leonardo Collares Sobrinho, de Bagé (RS).
Em 1914, o visconde de Ribeiro Magalhães (1840-1926) (Antonio Nunes Ribeiro Magalhães), também de Bagé, importou cinco matrizes diretamente da Inglaterra para a sua fazenda e da sua criação surgiu o animal que obteve o registro do primeiro Aberdeen Angus nacional.
CHAROLESA
Foi o veterinário francês Claude Marie Rebourgeon, da Escola de Veterinária de Alfort, contratado pelo governo federal para implantar uma escola de veterinária e agronomia na cidade de Pelotas, que difundiu a raça Charolesa. Encontrou ali dois touros da raça que usou para acasalamento.
Entre os anos de 1904 e 1905 foram introduzidos na cidade de Júlio de Castilhos (RS) mais de 50 touros uruguaios, adquiridos pelo estancieiro Cypriano de Souza Mascarenhas.
Mais tarde em 1927 Cypriano importou mais duas novilhas de alta linhagem. Em 1922 foram importados animais pelo governo federal que os enviou para a ‘Central de Criação de São Carlos’, no estado de São Paulo. Estes animais foram usados para desenvolver a raça Canchim. Em 1958 foi criada a Associação Brasileira de Criadores de Charolês.
Em 1922 foram importados animais pelo governo federal que foram enviados para a ‘Central de Criação de São Carlos’, no estado de São Paulo. Estes animais foram usados para o desenvolvimento da raça Canchim.
DEVON
Quem introduziu o Devon no Brasil foi também Joaquim Francisco de Assis Brasil (1857-1938) que importou as primeiras quarenta novilhas Devon do Uruguai em 1906 da cabaña Loraine e depois, outros diretamente da Inglaterra. Os animais foram enviados para sua estância Modelo em Pedras Altas e depois, para Alegrete (RS).
HEREFORD
O primeiro animal Hereford chegou ao Brasil em 1906 trazido por Laurindo Brasil de Bagé (RS). O Livro de Registro Genealógico foi instituído em 1907 registrando animais importados da Argentina e depois, do Uruguai. O Polled Hereford chegou ao Brasil em 1928 através de Félix Guerra de Quaraí (RS). O Hereford representa atualmente 65% do rebanho gaúcho sendo também bastante presente em outros estados de clima temperado da região Sudeste.
No Brasil os cruzamentos de Hereford com Nelore, Tabapuã e outras raças Zebuínas têm sido realizados com sucesso, há longo tempo no Rio Grande do Sul e recebem a denominação de Bradford, Pampeana Bradford ou Santa Clara. O Bradford foi reconhecido como raça pelo Ministério da Agricultura do Brasil, em 1993
LIMOUSIN
Sobre o Limousin, conta-se que foi Henri Gorceix engenheiro francês de Limoges, convidado pelo imperador Pedro II para organizar e dirigir a escola de mineração em Ouro Preto inaugurada em 12 de outubro de 1876, que trouxe os primeiros animais da raça para o Brasil. No ano de 1872 trouxe um touro e uma vaca Limousin.
Em 1886 Gorceix conseguiu importar mais alguns animais. Em 1916 foram importadas por outros fazendeiros quatro cabeças da França para Minas Gerais. No final da década de 1920 outras importações foram usadas para cruzar com o Caracu.
SHORTHORN
Em 1906 o criador em Bagé (RS) Martim Silveira, importou o touro Shorthorn ‘Count Barrington’ dando início á seleção no Brasil sendo o de registro número 1.
PARDO SUIÇO
O Pardo Suíço foi introduzido no Brasil em 1905, com a importação do touro ‘Kuno’ pelo visconde de Ribeiro Magalhães (Antonio Nunes Ribeiro Magalhães) de Bagé (RS). Em 1938 foi criada a associação de criadores da raça no Brasil.
SANTA GERTRUDIS
Os primeiros exemplares da raça Santa Gertrudis chegaram ao Brasil em 1954, importados pela filial da ‘King Ranch’ no Brasil. O ‘King Ranch’ do Texas foi quem desenvolveu a raça.
MARCHIGIANA
O Marchigiana chegou ao Brasil na década de 1960. Até 1975 haviam chegado ao país 120 fêmeas, 6 machos e algumas doses de sêmen de touros de elite italianos. Depois, foram importados mais embriões e sêmen da Argentina, Canadá e Itália, levando o Brasil, em menos de 20 anos, a se tornar no segundo maior rebanho mundial de Marchigiana ficando atrás apenas da Itália.
ROMANGNOLA
Os primeiros animais da raça Romangnola chegaram ao Brasil em 1962 e os primeiros animais da raça Blonde de Aquitaine chegaram ao Brasil, como também aos Estados Unidos em 1972.
PIEMONTESA
O Piemontês foi introduzido no Brasil em 1974 em Araçatuba (SP), pelo italiano Giovanni Sacco depois, de ter realizado boas experiências com sêmen italiano nos anos anteriores. Nesse ano foi fundada a ‘Associação Brasileira de Criadores de Bovinos da Raça Piemontesa’ mantenedora do Registro Genealógico. Um programa foi montado pela ‘Associação Italiana de Criadores de Piemontês’ com entidades brasileiras conveniadas com a ‘Faculdade de Medicina Veterinária de Botucatu’. Depois, disso a Itália proibiu a exportação de animais vivos.
BEEFMASTER
A raça Beefmaster foi introduzida no Brasil em 1992 através da importação de sêmen, feita pelos criadores Alberto Rodrigues da Cunha e Randall Mark Spears, o primeiro o fundador da cidade de Chapadão do Céu em Goiás, onde tinha a sua fazenda. Depois, a raça foi aperfeiçoada com a importação de embriões.
MONTANA
No final da década de 1990, começou a ser introduzida a raça Montana, desenvolvida nos Estados Unidos. É também um cruzamento de gado indiano com europeu, com o objetivo de obter novilho super precoce. A proposta dos divulgadores da raça é que com 16 meses de idade os novilhos devam render 240 quilos de carcaça. Entre os pioneiros importadores dos Estados Unidos e Argentina estão: a empresa de produção de sêmen ‘Pecplan’, Sergio Santos Rutowitsch, Eduardo Roscoe Bicalho, Roberto Gutierrez, Luis Márcio e Paulo Tarso Flecha de Lima.
No século XIX houve entrada de gado de raças bovinas europeias para as províncias do Rio Grande do Sul, do Rio de Janeiro, de Minas Gerais, do Espírito Santo e de São Paulo.
Alguns animais da raça Holandesa, segundo Paulino Cavalcanti, foram desembarcaram no Brasil entre os anos de 1530 e 1535 ainda na época das Capitanias Hereditárias. Tratavam-se, conforme informa Eduardo Cotrim, no seu livro 'A Fazenda Moderna' de 1913, de animais da raça Turina, denominação em Portugal da raça Holstein/Frisia, que no Brasil foi genericamente chamada de raça Holandesa. Também vieram vacas leiteiras das raças Barrosã e Mirandesa, dentre outras.
Historiadores afirmam que foram trazidas centenas de animais, também da raça Holandesa, durante o domínio holandês no Pernambuco (1630-1654) por Maurício de Nassau (1604-1679).
O livro de registros brasileiro da raça Holandesa foi criado em 1935 quando foi registrado o touro 'Colombo Santa Maria’ do criador do estado do Rio de Janeiro Francisco Lampreia e a fêmea 'Campineira' do criador do estado de São Paulo Vicente Giaccaglini.
Na década de 1980 o Brasil já tinha o maior rebanho de Holandês Vermelho Branco do mundo.
GUERNSEY
O Guernsey foi introduzido no Brasil em 1889 pelo 2º barão de Nova Friburgo (Bernardo Clemente Pinto Sobrinho) (1835-1914) com animais importados diretamente da ilha e levados para sua fazenda do Gavião em Cantagalo (RJ).
Em 1906 o governo federal realizou a importação de lote que foi enviado para o ‘Posto Zootécnico Central de São Paulo’ numa iniciativa do cientista Hector Paquet. Esses animais deram origem ao plantel hoje pertencente à ‘Escola de Agronomia Luís de Queiroz’ de Piracicaba, agregada à ‘Universidade de São Paulo’.
Em 1908, Carlos de Sá Fortes, de Minas Gerais importou mais um lote de animais.
Em 1909, Louis Misson adquiriu animais para o governo de São Paulo que foram enviados para uma fazenda estadual próxima de Pirituba (SP).
Em 1912, a ‘Fazenda Abaíba’ em Leopoldina (MG) pertencente a Antônio Ribeiro Junqueira, importou o touro ‘Martin’ o ancestral de um rebanho que logo seria o maior do país.
Em 1945 foi introduzida pelo Ministério da Agricultura no ‘Posto de Criação no Ceará’, na região semiárida para pesquisas. O Registro Genealógico foi implantado em 1942. Após 1970 várias importações chegaram de Guernsey, Canadá e Estados Unidos. As duas maiores importações foram realizadas pela ‘Associação Brasileira de Criadores de Gado Guernsey’. Uma em 1970 de 30 novilhas e outra em 1977 de 50 animais.
Jersey |
O gado Jersey chegou ao Brasil em 1896, com algumas cabeças importadas por Joaquim Francisco Assis Brasil (1857-1938), que as enviou para sua propriedade de Pedras Altas, município de Erval, no Rio Grande do Sul. Eram alguns tourinhos da fazenda particular em Windsor da rainha Vitória (1819-1901) da Inglaterra. Estes tourinhos depois de adultos cruzaram com vacas Crioulas da fazenda e vieram a formar um rebanho de vacas mestiças que se espalhou pelo Rio Grande do Sul. Em 1930 a raça Jersey foi oficializada pelo Ministério da Agricultura.
SIMENTAL
O gado Simental chegou ao Brasil entre 1905 e 1907. Nesta época o governo federal através do Ministério da Agricultura comprou alguns exemplares e os leiloou aos criadores das regiões de pecuária mais desenvolvida, como o vale do Paraíba em São Paulo, zona da Mata em Minas Gerais e a região de Muqui no Espírito Santo. No Espírito Santo houve um interesse maior.
João Vieira Fraga foi um dos primeiros criadores que comprou animais do lote importado pelo governo. Logo no inicio, o gado Simental foi acasalado com matrizes Guzerá, formando a base do futuro Simbrasil. Em 1915, o Simental entrava na Estação Experimental de Lages, em Santa Catarina. Em 1922 entrava os primeiros exemplares Simental de origem alemã no Rio Grande do Sul. Em 1950 o Ministério da Agricultura começou a fazer o registro da raça que já estava bem difundida em quase todo o Centro Sul brasileiro. principalmente no Centro Sul. A raça brasileria Simbrasil é um cruzamento industrial que possui 5/8 de sangue da raça Simental e 3/8 de sangue de uma raça de origem zebuína (Nelore, Guzerá, Indubrasil, Gir, Tabapuã ou Sindi) e foi formada em 1950 na fazenda Sabiá, no município de Muqui, no Espírito Santo, propriedade de Agostinho Caiado Fraga.
Durante as primeiras décadas do século XX, aumentou a importação de outras raças bovinas europeias, principalmente com o perfil leiteiro ou de perfil duplo, para leite e carne. Vieram as raças Aberdeen Angus, Charolês, Devon, Hereford, Limousine, Shorthorn e Pardo Suiço. Estatísticas oficiais do governo informam que em 1910, foram importadas 43.052 toneladas de ‘animais vivos’, o que eqüivale aproximadamente a 70.000 cabeças. O recorde foi em 1912 quando foram importadas 45.906 toneladas (aprox 75.000 cabeças).
ABERDEEN ANGUS
Em 1906 chegou ao Brasil o touro ‘Menelik’, o primeiro reprodutor Aberdeen Angus, proveniente da estância de Felix Buxareo y Oribe, do Uruguai. O touro foi importado por Leonardo Collares Sobrinho, de Bagé (RS).
Em 1914, o visconde de Ribeiro Magalhães (1840-1926) (Antonio Nunes Ribeiro Magalhães), também de Bagé, importou cinco matrizes diretamente da Inglaterra para a sua fazenda e da sua criação surgiu o animal que obteve o registro do primeiro Aberdeen Angus nacional.
CHAROLESA
Foi o veterinário francês Claude Marie Rebourgeon, da Escola de Veterinária de Alfort, contratado pelo governo federal para implantar uma escola de veterinária e agronomia na cidade de Pelotas, que difundiu a raça Charolesa. Encontrou ali dois touros da raça que usou para acasalamento.
Entre os anos de 1904 e 1905 foram introduzidos na cidade de Júlio de Castilhos (RS) mais de 50 touros uruguaios, adquiridos pelo estancieiro Cypriano de Souza Mascarenhas.
Mais tarde em 1927 Cypriano importou mais duas novilhas de alta linhagem. Em 1922 foram importados animais pelo governo federal que os enviou para a ‘Central de Criação de São Carlos’, no estado de São Paulo. Estes animais foram usados para desenvolver a raça Canchim. Em 1958 foi criada a Associação Brasileira de Criadores de Charolês.
Em 1922 foram importados animais pelo governo federal que foram enviados para a ‘Central de Criação de São Carlos’, no estado de São Paulo. Estes animais foram usados para o desenvolvimento da raça Canchim.
DEVON
Quem introduziu o Devon no Brasil foi também Joaquim Francisco de Assis Brasil (1857-1938) que importou as primeiras quarenta novilhas Devon do Uruguai em 1906 da cabaña Loraine e depois, outros diretamente da Inglaterra. Os animais foram enviados para sua estância Modelo em Pedras Altas e depois, para Alegrete (RS).
HEREFORD
O primeiro animal Hereford chegou ao Brasil em 1906 trazido por Laurindo Brasil de Bagé (RS). O Livro de Registro Genealógico foi instituído em 1907 registrando animais importados da Argentina e depois, do Uruguai. O Polled Hereford chegou ao Brasil em 1928 através de Félix Guerra de Quaraí (RS). O Hereford representa atualmente 65% do rebanho gaúcho sendo também bastante presente em outros estados de clima temperado da região Sudeste.
No Brasil os cruzamentos de Hereford com Nelore, Tabapuã e outras raças Zebuínas têm sido realizados com sucesso, há longo tempo no Rio Grande do Sul e recebem a denominação de Bradford, Pampeana Bradford ou Santa Clara. O Bradford foi reconhecido como raça pelo Ministério da Agricultura do Brasil, em 1993
LIMOUSIN
Sobre o Limousin, conta-se que foi Henri Gorceix engenheiro francês de Limoges, convidado pelo imperador Pedro II para organizar e dirigir a escola de mineração em Ouro Preto inaugurada em 12 de outubro de 1876, que trouxe os primeiros animais da raça para o Brasil. No ano de 1872 trouxe um touro e uma vaca Limousin.
Em 1886 Gorceix conseguiu importar mais alguns animais. Em 1916 foram importadas por outros fazendeiros quatro cabeças da França para Minas Gerais. No final da década de 1920 outras importações foram usadas para cruzar com o Caracu.
SHORTHORN
Em 1906 o criador em Bagé (RS) Martim Silveira, importou o touro Shorthorn ‘Count Barrington’ dando início á seleção no Brasil sendo o de registro número 1.
PARDO SUIÇO
O Pardo Suíço foi introduzido no Brasil em 1905, com a importação do touro ‘Kuno’ pelo visconde de Ribeiro Magalhães (Antonio Nunes Ribeiro Magalhães) de Bagé (RS). Em 1938 foi criada a associação de criadores da raça no Brasil.
Santa Gertrudes |
Os primeiros exemplares da raça Santa Gertrudis chegaram ao Brasil em 1954, importados pela filial da ‘King Ranch’ no Brasil. O ‘King Ranch’ do Texas foi quem desenvolveu a raça.
MARCHIGIANA
O Marchigiana chegou ao Brasil na década de 1960. Até 1975 haviam chegado ao país 120 fêmeas, 6 machos e algumas doses de sêmen de touros de elite italianos. Depois, foram importados mais embriões e sêmen da Argentina, Canadá e Itália, levando o Brasil, em menos de 20 anos, a se tornar no segundo maior rebanho mundial de Marchigiana ficando atrás apenas da Itália.
ROMANGNOLA
Os primeiros animais da raça Romangnola chegaram ao Brasil em 1962 e os primeiros animais da raça Blonde de Aquitaine chegaram ao Brasil, como também aos Estados Unidos em 1972.
PIEMONTESA
O Piemontês foi introduzido no Brasil em 1974 em Araçatuba (SP), pelo italiano Giovanni Sacco depois, de ter realizado boas experiências com sêmen italiano nos anos anteriores. Nesse ano foi fundada a ‘Associação Brasileira de Criadores de Bovinos da Raça Piemontesa’ mantenedora do Registro Genealógico. Um programa foi montado pela ‘Associação Italiana de Criadores de Piemontês’ com entidades brasileiras conveniadas com a ‘Faculdade de Medicina Veterinária de Botucatu’. Depois, disso a Itália proibiu a exportação de animais vivos.
BEEFMASTER
A raça Beefmaster foi introduzida no Brasil em 1992 através da importação de sêmen, feita pelos criadores Alberto Rodrigues da Cunha e Randall Mark Spears, o primeiro o fundador da cidade de Chapadão do Céu em Goiás, onde tinha a sua fazenda. Depois, a raça foi aperfeiçoada com a importação de embriões.
MONTANA
No final da década de 1990, começou a ser introduzida a raça Montana, desenvolvida nos Estados Unidos. É também um cruzamento de gado indiano com europeu, com o objetivo de obter novilho super precoce. A proposta dos divulgadores da raça é que com 16 meses de idade os novilhos devam render 240 quilos de carcaça. Entre os pioneiros importadores dos Estados Unidos e Argentina estão: a empresa de produção de sêmen ‘Pecplan’, Sergio Santos Rutowitsch, Eduardo Roscoe Bicalho, Roberto Gutierrez, Luis Márcio e Paulo Tarso Flecha de Lima.
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